Também chamado de Síndrome da Disfunção Lacrimal, o olho seco atinge cerca de 10% da população. É caracterizado pela diminuição da produção da lágrima ou pouca quantidade da lágrima que provoca o ressecamento da superfície do olho.
A lágrima é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais e tem como função lubrificar, limpar e proteger o olho das agressões causadas por substâncias estranhas ou micro-organismos.
Causas do Olho Seco
É uma doença que possui diversas causas, são elas:
- Idade: após os 65 anos, a produção de lágrima é reduzida em 60%;
- Alergia;
- Doenças como artrites, lúpus, síndrome de Sjögren, queimaduras oculares, deficiência de vitamina A;
- Meio ambiente: condições externas como ar-condicionado, vento, fumaça, clima seco;
- Blefarite;
- Alterações palpebrais;
- Lentes de contato: precisam de hidratação para serem toleradas e para conforto no olho, como utilizam parte da lubrificação dos olhos podem causar o ressecamento;
- Fadiga ocular ocasionada por tempo de exposição excessiva de telas ou leituras;
- Medicamentos: descongestionantes, anti-histamínicos, anticoncepcionais, anti-hipertensivos reduzem a produção de lágrima.
Sintomas do Olho Seco
O olho seco possui sintomas como ardor, visão embaçada, irritação, sensação de areia nos olhos, dificuldade para olhar para telas de computador ou ficar em lugares com ar-condicionado e vermelhidão.
Diagnóstico do Olho Seco
O diagnóstico do olho seco é clínico através de avaliação física e aplicação de questionários. Pode-se realizar o exame da lâmpada de fenda que combina um microscópio e uma lâmpada que emite luz para avaliar estruturas internas e externas do olho; e o teste de Schirmer para avaliar o nível de produção de lágrimas. O teste é realizado com o paciente sentado e com a cabeça reta, é colocada uma tira fina, com medida milimétrica, nos cantos externos das duas pálpebras, após 5 minutos com o olho fechado, as fitas são retiradas e o oftalmologista avalia a produção lacrimal.
Tratamento do Olho Seco
O tratamento mais indicado depende da avaliação do oftalmologista a depender do tipo e gravidade do olho seco. Inicia-se com o uso de colírios para lubrificação e reposição das lágrimas. Pode-se utilizar técnicas de oclusão dos pontos lacrimais por período temporário ou permanente com o objetivo de manter a lágrima por mais tempo em contato com o olho. Outra forma de tratamento é o estímulo de secreção lacrimal através de medicamentos de uso oral, além disso o uso de anti-inflamatórios tópicos, corticoides e dieta rica em ômega-3 mostraram resultados positivos.
Cuidados
Pessoas com a síndrome dos olhos secos podem necessitar de cuidados especiais para se adaptar ao uso de lentes de contato. Portadores da síndrome do olho seco precisam de acompanhamento oftalmológico mais frequente. Sem tratamento, podem ocorrer lesões na córnea que comprometem a qualidade da visão temporária ou definitivamente.